Navalhadas Curtas: Pseudo-Atropelamento Reverso

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Me considero um motorista razoável.
Tento andar dentro das leis, minha natureza é lenta, ando devagar sempre. Na real sou um apreciador da paisagem urbana.
Não corro.
Ligo o carro, sintonizo a RadioCom, e vou escorregando suave nas ruas molhadas pela chuva, ta certo as vezes não tão suaves ruas assim !
Estou indo pelo Juscelino pela direita, então uma senhora vê o carro se aproximando, estou a 47 km, então ela me olha nos átimos de segundos que sugerem o curso, o carro aproxima-se dela, ela ainda está parada aguardando.
Não havia faixa de segurança no local( a faixa estava a 50 metros a frente) então ela faz o impensável a razão, se atravessa na frente do carro, me forçando uma parada brusca com direito a borracha queimada e carro meio atravessado na rua para que o pior não acontecesse.
Deu certo, não vinha ninguém atrás de mim e a senhora ficou intacta sem danos.
Ela seguiu atravessando a rua, como seu nada tivesse acontecido, como nada nesta vida existisse.
Respiro fundo e de certa forma queria entender o porquê?
Não tive chance.
Então ela depois que atravessou, olhou para trás viu o carro ainda meio atravessado, mas ela apenas virou o rosto e seguiu seu caminho em paz.
Fio da Navalha.

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