Palavras do mestre – Bukowski

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[vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_column_text css_animation=”bottom-to-top”]“Andou até o bar e pediu um drinque de vodca. Olhou em volta. Todas as mulheres pareciam mais jovens, leves, cheias de piadinhas nessa seção privilegiada do hipódromo.

Até mesmas mulheres mais velhas eram bonitas. Isso entristeceu Henry. Por que as mulheres da plebe tinham de ser tão feias? Não era justo. Mas o que era justo?

Houve alguma época justa para o homem comum?

Toda aquela merda sobre democracia e oportunidades que lhes foi empurrada goela abaixo era só para evitar que eles incendiassem os palácios.

Claro, de tempo em tempos um conseguia se erguer de entre os entulhos e vencer. Mas para cada um desses havia centenas de milhares metidos nos subúrbios ou em uma prisão ou nos hospícios, ou suicidas ou drogados ou bêbados.

E muitos mais trabalhando por salários de merda em empregos deploráveis, jogando os anos fora mergulhados na mera subsistência.

A escravidão não havia sido eliminada, havia apenas sido ampliada para abarcar nove décimos da população. Em todo lugar. Puta merda”.

 

Charles Bukowski – Miscelânea Septuagenária.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_single_image image=”7869″ css_animation=”appear” alignment=”right” style=”vc_box_shadow_3d” border_color=”grey” img_link_target=”_self”][/vc_column][/vc_row]

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