A BREVE ILUSÃO DA ETERNIDADE-Edu Caboclo Damatta

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A BREVE ILUSÃO DA ETERNIDADE

-Break on trought to the other side!

Me diz uma criatura quase humana, de chapéu e capa preta e como a maioria dos peixinhos de aquário, capturados pela rede.  Tiramos uma “self” no espelho sem aço daquela penteadeira que era da vó Maria e ainda me reconheci desconhecido, apesar dos milênios que parecem que vivi aqui neste planeta, nesta dimensão, nesta galáxia…

Por livre arbítrio do destino nunca pude ter uma vida comum, apostei em existir num universo paralelo que inventei desde guri, quando percebi que um dia teria que morrer, abandonar esta máquina de carne, osso, nervos, tendões, cartilagens e outras peças deste robô biológico identificado em mim e nos demais seres vivos…

Quem será que nos projetou? Assim como este arquiteto do universo, a gente também cria máquinas com a finalidade de sobreviver e burlar as leis da natureza… A partir da roda saímos das cavernas naturais  para cavernas de tijolo e cimento.  Substituímos os braços e as pernas quando da revolução industrial, o primeiro motor a vapor e agora estamos substituindo o cérebro com a criação da inteligência artificial. Será que as máquinas terão o poder do livre arbítrio assim como nós ANIMAIS HUMANOS, quando a serpente convenceu Eva a convencer Adão de provar aquele fruto proibido lá no “Jardim do Éden”?…Serei eterno porque sou hum anônimo escondido num buraco de tatú, acuado pela covardia dos  seres humanos.

Procuro uma luz no fim do túnel, mas vou pela sombra por causa dos raios ultra-violeta, raios gama e outras formas de energia que atravessam a camada de ozônio. Sem eira nem beira como a maioria das casas da vila aí de Arroio Grande, vou sem colírio (mas de óculos escuros), sou a testemunha do caos, com olhos de raio x  e o mundo ao meu redor mostra suas entranhas onde corre sangue, petróleo e outros fluídos orgânicos que fazem oscilar a bolsa de valores e que são as tintas que pintam esta paisagem artificial emoldurada em “fool hd” na tela de quartzo líquido daquele “smart fone”, de alguém que atravessa a rua sem olhar para o “outro lado” , e nem desconfia que a morte está conectada  na contra mão do destino e que o internauta vai deixar esta existência ao som de sertanejo universitário…Atropelado! Por um caminhão carregado, de carvão proveniente do desmatamento e que será queimado em algum churrasco no jardim da casa branca de Donald Trump.

Seria esta a trilha sonora perfeita do apocalipse?…”O surreal”!!! Esta é a moeda que vale no meu universo paralelo, que pode comprar um entardecer e um amanhecer, um banho de mar, de arroio, de sanga, uma noite de lua cheia, ou mesmo quando não tem lua e me sinto observado por todas as estrelas do cosmos, as mesmas que conheço desde antes de nascer, quando perdi minhas asas e caí aqui neste planeta tão bonito que está sendo destruído pela raça humana, embriagada pelo seu ego barato e a tecnologia na mão dos ignorantes se torna uma arma de destruição em massa…

Reza a lenda, de que minha vó Maria conversava com Lúcifer…o anjo caído,  que  aparecia  naquele espelho sem aço da penteadeira que ficou de herança pra minha mãe.

Atravessei pro outro lado e descobri que o presente é o passado do futuro, dias atrás, naqueles loucos e belos anos setenta, quando o som estéreo substituiu o mono e o plástico substituiu a madeira e a moto serra substituiu o machado e com isso as florestas começaram a ser exterminadas numa velocidade cada vez maior…

Ao terminar de ler esta coluna, mais de um milhão de árvores terão sido derrubadas…pergunte ao Google, mas acho que ele tb não sabe…ou não quer s@ber!!

Edu Caboclo Damatta

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