Navalhadas Curtas: Bengala, Bengala, Bengala
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Navalhadas Curtas: Bengala, Bengala, Bengala
Ruas flácidas da nossa cidade em dias de pausa, entre feriados que quase não se diferenciam em pandemia.
Tudo piora é o que vemos e ouvimos…mas a maioria de nós continua os mesmos.
Mesclam-se domingos, feriados e datas outras em silencio de uma promessa na ponta de uma agulha futura ?
Seremos quase absolvidos e imunizados.
Como retratista observo pessoas, as coisas a vida com uma câmera nas mãos.
De longe uma senhora na calçada anda normalmente sem esforço aparente, fiquei atento ao detalhe da bengala em sua mão não tocar o chão jamais.
Ela segurava a bengala no alto e andando sem problemas ou entraves.
Talvez para atravessar a rua alguma dificuldade?
Mas não. Talvez para um apoio furtuito? Mas não.
Ela ergueu ainda mais a bengala para atravessar a rua rapidamente e estava no outro lado da rua segura.
Estou em off só observo seus passos agora a mais de uma quadra e aquela bengala erguida seguia. Talvez muitos de nós sejamos assim, carregamos coisas que na verdade não precisamos.
Ela dobra a esquina e some da minha vista, mas não do meu pensar. Vez por outra as pessoas nos atravessam.
Fio da Navalha.
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